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Reflexões

HORIZONTE: A imagem é antes, um "risco", um "lampejo" projetável. Consciência configurada


Um signo é algo que re(a)presenta, "co(m)figura" alguma coisa para alguém.


Um signo será sempre a expressão co(m)figura montada e projetada de um universo experiencial


A fotografia esta para a montagem assim como a fotomontagem está para a alegoria. O ponto de convergência entre a fotomontagem e a alegoria é o vetor zero do eixo juxtaposição/sobreposição


As cidades estão para as óperas, assim como as alegorias estão para o palimpsesto e este para a polissemia.


“(...) aromas configurados em re-tratos de seu objeto de origem, sonho...”


A revelação: cantante mutação do cristal em ligas de prata. Transe entre possibilidades.


O “gesto” do olhar háptico vasculha a memória buscando uma “ranhura” informacional, (um aroma, uma lembrança), de equivalência possível relativa ao que sente.


“(...) Como um arqueólogo, vai “penteando” o solo e reconstruindo o frasco a partir dos cacos de seu próprio fado.”


Sabor como em sapiens


Talvez tudo não passe de uma série de fragmentos de um autorretrato... mergulho interior na tentativa de reconhecer o que há por dentro.


Ainda posso sentir na rugosa superfície do papel em que imprimo, as sensações de aspereza da lama dos castelos de areia construídos na infância... estou reprojetando a cidade.


As cidades são os grandes espetáculos, as grandes óperas. Nelas, o tijolo é a metáfora e as alegorias, seus edifícios. Nelas, a ciência da projeção de nossos corpos físicos.


(textos de Luiz Monforte em Alegorias Brasileiras)