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Fascínio Inovador

Por João Cândido Galvão

publicado originalmente na revista Veja

(...) A maior parte da exposição é ocupada pelo brasileiro Monforte. Numa simples introdução, ele utiliza papel fotográfico e negativos comuns. Na outra parte de sua obra, Monforte faz um apanhado geral de técnicas, novas e antigas. Assim ele se vale de processos, como Van Dyck Brown, muito comum há quase um século. E também trabalha com cianótipos, um processo de impressão que utiliza papel comum, sensibilizado por uma solução química. Monforte emprega também a técnica das impressões Kwik Prints, na qual se tenta substituir a prata tradicionalmente usada na confecção dos filmes, pelo bicromato de potássio.

Sem deixar de ser um grande exercício de virtuosismo, a exposição é também uma demonstração de excelentes qualidades técnicas. Didática, deixa claro que cada vez mais se ampliam os campos da fotografia. Os ortodoxos poderão torcer o nariz, mas essa ampliação de limites, em direção á liberdade das artes plásticas, só pode ser benéfica.

Fonte: in Revista Veja, Fotografia, 16 junho de 1983.